English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Policial, anjo ou vilão?



Olá, eu sou uma policial rodoviário federal! Quando entrei na minha amada instituição, a Polícia Rodoviária Federal, achei que eu fosse mudar o mundo, sabia? Não digo o mundo todo, mas achei que eu teria forças para fazer alguma diferença na sociedade.  Eu sempre  fui honesta e  correta, e embora a sociedade pense que a maioria dos policiais são corruptos, baseada nos polici...ais que eu conheço e com os quais já trabalhei, vou parodiar o que uma famosa marca diz em sua propaganda: “os bons são maioria!”
Meu trabalho não é e nunca foi fácil. Meus amigos e familiares pensam que eu posso tomar um tiro, mas eu digo que é muito mais fácil eu ser atropelada em serviço ou bater a viatura do que tomar um tiro. Para minha felicidade, eu tenho um Deus maravilhoso que me protege e sempre me protegeu. Sim, eu já sofri acidentes no trabalho, foram três. Inclusive tenho um disco de titânio na minha coluna, mas Deus me livrou do pior.
 A minha amada Polícia combate muitos crimes e é formada por muitas pessoas de boa vontade, tanto na área fim (a pista) quanto na área meio (a administração). Claro, como em todo lugar, também existem os preguiçosos, os vagabundos e os pilantras. Felizmente, muitos já foram expulsos da minha polícia e hoje podem pensar melhor no que fizeram. Injustiças também já aconteceram, como acontece em qualquer lugar.
 Mesmo combatendo muitos crimes e evitando que toneladas de drogas e muitas armas e munições cheguem às mãos de traficantes todos os dias, o maior trabalho da minha polícia é salvar e proteger vidas. Milhares de colegas meus assumem seus plantões em várias rodovias do Brasil todos os dias. Muitos gostam mais de combater a criminalidade e apreender drogas, pois se sentem mais policiais assim, mas infelizmente passamos muitas horas trabalhando em atendimento de acidentes que poderiam ter sido evitados se o motorista brasileiro (generalizando) tivesse o mínimo de educação, bom senso e respeito às leis de trânsito.
 Vocês podem estar pensado, “mas como um policial rodoviário federal salva uma vida?” e eu te respondo: nós salvamos vidas quando multamos! Infelizmente, nossa sociedade é movida pelo medo do castigo e da conseqüência, e não pelo desejo de fazer o certo, que é cumprir as leis de trânsito. Ora, se um motorista inconseqüente vê uma viatura da PRF, ele não vai ultrapassar pela faixa contínua nem trafegar pelo acostamento, porque a multa é cara e dói no bolsinho dele. Mas veja bem, não somos deuses nem temos a pretensão de sermos, e somente Deus consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo. O que isso significa? Significa que enquanto uma equipe nossa está atendendo um acidente e outra está encaminhando um motorista bêbado para a delegacia, nosso trecho está “entregue às moscas” porque nunca haverá efetivo suficiente de policiais nas nossas rodovias!
 Nosso maior problema não são os assaltantes, traficantes, homicidas, etc. Eles também são um grave problema, mas o nosso pior problema, o nosso calcanhar de Aquiles, é o famoso “cidadão”. Esse é o pior de todos! Cheio de direitos, mas sem nenhum dever, o “cidadão” pensa que pode beber e dirigir porque algum “adevogado” falou pra ele que ele não precisa “produzir provas contra si mesmo”, logo, não precisa soprar o bafômetro! E o pior de tudo é que nossos “ilustres” legisladores, que com certeza nunca perderam um ente querido no trânsito, aprovam leis cada vez mais frouxas para garantir o tão “precioso” direito do cidadão de não produzir provas contra si mesmo. Isso faz com que outros cidadãos percam direitos muito mais importantes, inclusive o direito à vida!
 Nós, policiais, ficamos de mãos atadas face a toda a burocracia da nossa máquina estatal e toda a frouxidão de nossas leis. Sem falar que enquanto isso, estamos sendo observados, filmados e fotografados como animais em um zoológico. Sequer podemos ter algum vislumbre de sentimento, revolta e opinião. Imagine uma viatura paradinha no acostamento de uma rodovia atendendo um acidente e um caminhoneiro bêbado passa correndo com sua carreta, não consegue frear e o policial tem que se jogar no mato pra não ser atropelado. Quando o policial tem a sorte de sair ileso, ele não vai falar palavras doces para esse caminhoneiro. Sim, nós ficamos com raiva, também temos esses sentimentos “mesquinhos”. O policial que quase perdeu a vida, de repente é filmado e vai parar em algum jornal sensacionalista porque ofendeu os “direitos humanos” de um pobre motorista, um “cidadão de bem”, que não mata nem rouba por aí. Os papéis se invertem e o vilão da história passa a ser o mocinho, enquanto a verdadeira vítima passa a ser o vilão.
 Alguns policiais não têm a mesma sorte desses que levantam furiosos. Eles morrem. Suas famílias passam então a brigar na justiça por uma punição justa que nunca acontece. Algumas pessoas ainda pensam: “Ah, era só um policial, ele é pago pra correr riscos!” Nossa sociedade é tão hipócrita...quando querem barbarizar no trânsito, querem a viatura longe, mas se eles batem na mureta com o brinquedinho que eles usam pra correr, querem uma viatura ali, pra ontem! Nossa sociedade é tão hipócrita que nos chama de corruptos, mas na hora de tomar a multa já vão abrindo a carteira pra tentar nos subornar e depois ficam dando piti quando são presos por isso, chamam o “adevogado”, esperneiam, porque no fundo no fundo, amam os corruptos que aceitam uma “oncinha” e deixam eles ir embora.
 Nosso maior vilão é aquele pai de família que vai viajar no feriadão, cheio de pressa e faz uma ultrapassagem mal feita porque não tem paciência nenhuma de esperar. Um segundo de decisão e uma vida inteira de arrependimento pela frente. Nosso maior vilão é aquele filhinho de papai (pode ser filhinho de deputado, de juiz, de banqueiro, de dono de emissora de televisão) que quando é abordado com seu cigarrinho de maconha no carro, liga logo pro papai que tenta tirar ele de mais um “probleminha”.
 Também temos como inimigo ou amigo, dependendo das circunstâncias, a imprensa, que após um feriadão prolongado com muitas mortes no trânsito, vêm nos perguntar “mas o que houve?”. Ora, vá perguntar para seus leitores ou telespectadores o que houve! A maioria deles tem carro e viajou no feriadão. Boa parte dos acidentes foram causados por eles. Experimenta parar de hipocrisia e sensacionalismo e conta pra seus clientes, sua fonte de renda, que a culpa é deles!
 O egoísmo tem sido nosso maior vilão. O motorista brasileiro é como uma criança mimada que acha que pode tudo, e que tudo tem que ser dele. O resto, ah...o resto que se dane! O anonimato que algumas pessoas adquirem dentro de seus possantes carros os deixam à vontade para descontar todas as suas frustrações e complexos. Eu, que achei que ia “mudar o mundo” quando entrei na polícia, hoje estou cansada, sem paciência. Nós, policiais, não vamos conseguir nada sozinhos. Enquanto a sociedade achar que somos seus “empregadinhos”, que somos inconvenientes na hora da multa, mas necessários quando são assaltados ou batem seus lindos carrinhos, não teremos forças para mudar nada. Não estou com isso, tirando nossa responsabilidade sobre a questão dos acidentes, mas afirmo novamente, sozinhos, não vamos conseguir!
 Você, que hoje critica a polícia, preste atenção no que você está fazendo. Você que dirige em alta velocidade e atropela alguém, é um assassino sim. Você que bebe e dirige, também é um criminoso. Você que fuma teu “inocente” cigarrinho de maconha, financia o tráfico sim. Não vem com teu papinho cabeça de que é apenas um “usuário” porque pessoas morrem todos os dias por causa do teu uso “recreativo” de drogas.
 Cidadão, antes da falar mal da polícia, pense no que VOCÊ está fazendo pela tua sociedade. Nem tudo o que você faz é tão inocente assim. Acorda e para de viver no teu mundinho egoísta. Assuma tuas responsabilidades e teus deveres antes de querer pensar em cobrar teus direitos. Seja homem suficiente, seja mulher suficiente. Dê educação para teus filhos, que amanhã estarão dirigindo por aí. Não jogue o peso da tua culpa em cima das costas de policiais que estão cada vez mais limitados pela legislação.


Fonte: PRF Letícia Zacca

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

 Preso acusado de pratica do golpe do "chupa cabra" nos estados do MS e GO.


        Durante fiscalização de rotina no Posto Policial de Jaraguari/MS, na BR 163 KM 532, na manhã deste domingo(11/09/2011), foi preso José de Mesquita Souza, de 36 anos, quando o mesmo conduzia um veículo Honda/Civic com placas do Distrito Federal, e fazia o itinerário Três Lagoas/MS à Brasilia/DF, quando após uma revista no interior do veículo foi localizado junto as bagagens do condutor objetos comumente usados para a pratica de golpe em caixas eletrônicos conhecido como "chupa cabra" e a quantia de aproximadamente R$ 4.000,00 em cédulas novas. A principio o condutor alegou desconhecer o origem daqueles objetos, mas após uma checagem de seus antecedentes criminais, onde constou passagens por furto qualificado por ter aplicado o golpe na cidade de Novo Hamburgo/RS, acabou por confessar a pratica do crime, informando que havia instalado o equipamento em caixas eletrônicos do banco Sicredi no município de Três Lagoas/MS e que faria o mesmo nos municípios de Rio  Verde  de Goiás/GO e no Distrito Federal. Informação confirmada após checagem ao sistema de filmagens dos caixas eletrônicos, onde aparecem a imagem de José instalando os equipamentos. Durante a fiscalização foi encontrado imagens de clientes das instituições bancarias digitando suas respectivas senhas nos caixas eletrônicos. José foi encaminhado a Policia Civil em Campo Grande/MS e deve ser indiciado por furto qualificado mediante fraude, com pena prevista de dois a oito anos de reclusão e multa.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pai e filho presos por dirigirem bêbados; “mais um sem juízo”, diz adesivo em carro.
       
    Em fiscalização ao longo da BR 163 no município de Rio Verde de Mato Grosso/MS, a PRF flagrou um jovem de 19 anos dirigindo um veículo Fiat/Uno, com indícios de estar embriagado. Convidado a fazer o teste do bafômetro o jovem atendeu o convite dos policiais e foi constatado que o mesmo se encontrava sob o efeito de bebida alcoólica, e como o teste apresentou um percentual acima de 0,34mg/l, foi dado voz de prisão em flagrante ao  mesmo, conforme determina a legislação. Enquanto os policiais faziam a notificação e a documentação necessária para o encaminhamento do jovem a delegacia de policia, parou no local o veículo VW/Saveiro e o condutor se apresentou como pai do jovem infrator, e começou a pedir explicações aos policiais sobre o que teria ocorrido com seu filho. Os policiais então perceberam  que o pai preocupado,  apresentava sinais de embriaguez, sendo submetido também ao teste do bafômetro, ficando constatado que o mesmo  se encontrava na mesma situação do filho, ou seja, dirigindo sob a influência de álcool no sangue. Diante desta situação o pai “zeloso” recebeu voz de prisão e juntamente com o filho foram encaminhados a Policia Civil, onde ficarão a disposição da justiça até o pagamento de fiança. Os veículos foram notificados e as CNH apreendidas.
   O que chamou a atenção neste caso dos policiais foi a adesivo colado no vidro traseiro do carro do jovem: “Mais um sem juízo”, compatível com a irresponsabilidade demonstrada pela família ao volante, justamente em uma rodovia conhecida como a “Rodovia da Morte”, ficando evidenciado que a fama da rodovia se deve muito mais a falta de consciência dos condutores do que propriamente dito a uma maior atenção dos órgãos governamentais.
   Ainda durante fiscalizações nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, a PRF flagrou outros cinco motoristas dirigindo embriagados durante o fim de semana(04/092011).
PRF apreende 281 quilos de maconha em carro roubado em Aparecida de Goiânia
          Em ronda ao longo da BR 163, nesta noite(04-09-2011),uma equipe da PRF avista os faróis de veículos quem vinha por uma estrada vicinal rumo a rodovia, estrada esta muito usada por meliantes com o objetivo de desviar do posto PRF de Jaraguari/MS, na altura do KM 532, ponto estratégico de fiscalização, uma vez que dá acesso aos estados de Goiás, Mato Grosso e ao Distrito Federal. Com objetivo de fiscalizar os veículos ,  os policiais entram na estrada vicinal e os veículos em fuga retornam sentido contrario , os policiais então acionam o restante da equipe no posto policial e solicitam apoio no sentido de se interceptar os veículos na saída da vicinal.  Os policias fazem então uma barreira no local determinado e os veículos são abordados, um Toyota Corolla  e uma GM/S10, ambos com placas de Goiânia. No interior do Corolla foram encontrados 281,9 quilos de maconha e em checagem ao veículo constou que o mesmo fora furtado no município de Aparecida de Goiânia no mês passado, sendo preso em flagrante os dois homens que ocupavam o veiculo. No outro veículo foi presa a condutora, uma mulher de 31 anos, que fazia o serviço de batedor para os traficantes, segundo declarações da condutora a mesma já havia sido presa no estado do Mato Grosso, também por trafico de drogas e fazia o serviço novamente na tentativa de se recuperar financeiramente da prisão anterior. A ocorrência foi encaminhada a Policia Civil em Campo Grande, onde os presos ficarão a disposição da justiça. Mais um carregamento de drogas é interceptado graça a atuação dos policiais de estrada, sempre vigilantes nas rodovias do Brasil.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

     Pare ou eu atiro!
           O ano era 1997, e o fato se deu na BR 262, município de Três Lagoas/MS. Se hoje em dia as condições de trabalho nas corporações policiais já não são as ideais, naquela época a precariedade era gritante: As armas eram de usos coletivos e na maioria dos casos velhos revólveres 38; as viaturas eram na maioria GM/Caravam ano 82 e as velhas e tradicionais GM/Veraneio; os policiais quase nunca eram submetidos a treinamentos, entravam na policia ganhavam uma farda e uma carteira funcional e pronto, já eram “puliça”. Foi neste cenário que se desenrolou uma operação que normalmente chamamos de pente fino, onde a maioria dos veículos são parados e o objetivo vai desde o cumprimento do CTB(Código de Trânsito Brasileiro), a busca de algo ilícito tanto nos veículos quanto nos condutores e passageiros. No meio desta operação ao receber ordens para parar, um condutor parou o veículo antes da barreira e saiu em desabalada carreira mata a dentro, os policiais saíram em perseguição correndo a pé atrás do meliante, mas como o fugitivo apresentava um condicionamento físico bem superior ao dos policiais(lembram da falta de treinamento?), começou a colocar uma distância considerável  entre ele e os policiais, em determinado momento da perseguição um dos policiais ao passar por um peão de fazenda que arrumava uma cerca naquele local, não pensou duas vezes e requisitou o cavalo do trabalhador rural alegando prioridade em todos os tipos de transporte quando em serviço(Decreto nº 1655/95), sem titubear o policial que era metido a Durango Kid, subiu no cavalo e saiu a galope com a arma em punho, em uma legitima cena de faroeste, dedão no gatinho do revólver(de novo a falta de treinamento!), gritando para o fugitivo que se ele não parasse iria atirar, como o fugitivo não se intimidou com a ameaça e continuou a fuga, o policial efetuou um disparo com o objetivo de intimidar, mas como tudo que começa errado acaba errado, o disparo devido ao galope e ao despreparo do policial acabou por atingir o próprio cavalo, vindo cavalo e cavaleiro ao solo, numa cena não mais de faroeste, mas de pastelão dos bons . Logo o outro policial que vinha pisando na língua muito atrás, se deparou com aquela cena, cavalo e cavaleiro no chão, e nem sinal mais do condutor fujão, que como dizemos por aqui: Ganhou Goiás!!!!