Grupamento de Policiamento Especial – GPE
O ano era 1999, o Departamento de Policia Rodoviária Federal
tinha como diretor-geral o general da reserva Álvaro Henrique Vianna de Moraes,
e preocupado com o aumento nas atribuições do órgão frente às necessidades que
a sociedade exigia, começou um processo de reestruturação e capacitação em
termos de pessoal, equipamentos e estrutura. E como parte deste processo
iniciou-se à preparação de profissionais capacitados e preparados para lidar
com as mais diversas situações de manutenção da ordem e segurança nas rodovias
federais. Surgindo então o GPE - Grupamento de Policiamento Especial da PRF.
Inicialmente se investiu em um grupo de instrutores pertencentes aos quadros da
PRF - uma vez que os cursos de formação anteriormente sempre se utilizavam de instrutores
de outros órgãos. Estes instrutores formados foram qualificados para atuarem
como multiplicadores dos conhecimentos adquiridos em treinamentos. Como parte
dos investimentos, alguns destes instrutores foram enviados aos EUA e a Israel,
onde tiveram a oportunidade de fazerem cursos junto a SWAT e a Policia
Israelense. Com a formação dos instrutores, 72 Policiais Rodoviários Federais
foram selecionados em todas as unidades da federação, após um rigoroso processo
psicológico e físico, para fazerem parte da primeira turma do GPE. Nascia assim
o projeto de formação de uma força especializada dentro da PRF. Os policiais
formados no GPE eram voluntários, desempenhavam suas funções diuturnamente nas
rodovias, cumprindo normalmente suas escalas em suas respectivas lotações, e
poderiam ser acionados a qualquer momento para deslocamento imediato para
qualquer parte do país, subordinados unicamente ao DPRF. Nos deslocamentos além das viaturas
convencionais, poderiam ser utilizados helicópteros e aviões. O GPE utilizava
equipamentos, armamentos e munições especiais, como: gás anti-disturbio, bombas
de efeito moral, munições de borracha, apetrechos para rapel, escudos, capacetes
e coletes à prova de balas. Fazia parte da grade curricular do curso de
formação as seguintes matérias: Armamento, munição e técnicas de tiro, Controle
de distúrbio civil, Técnicas de operações policiais especiais, Operações aéreas
em rodovia, Execução de tiro-adaptação e tiro de combate policial, Gerenciamento
de crise, Direitos humanos, Táticas de abordagem, Formação tática, Técnicas de
perseguição, Evasão tática, Identificação de veículos suspeitos, Manobras de
procedimentos de segurança, Educação física, Defesa pessoal (revista, uso de
algema, condução de pessoas, imobilização), Legislação aplicada à PRF,
Policiamento de trânsito rodoviário, Legislação aplicada a entorpecentes, Procedimento
de fiscalização, Técnicas verticais (rapel), Informática aplicada à PRF,
Relações interpessoais, Técnicas de abordagem e Desembarque tático. Com o GPE,
a Policia Rodoviária Federal, passou a ser requisitada por inúmeras autoridades
judiciarias e membros do Ministério Público em diversas operações de busca e
apreensão e ações contra o crime organizado, tanto em rodovias quanto em
perímetros urbanos. A PRF passou a ser vista como um órgão atuante não só nas
atividades relacionadas ao transito nas rodovias, como também no combate ao
crime. Ao todo foram formados quase 800 policiais e 120 instrutores fixos, mas
com a saída de Álvaro Henrique Vianna de Moraes do DPRF, o GPE foi deixado de
lado, sendo aproveitado parte do projeto para se chegar ao que hoje temos em
termos de policiamento especial e ensino no DPRF.
QUE LEMBRANÇAS! FOI O MELHOR MOMENTO NA PRF.
ResponderExcluirAinda estou na ativa e, com muito orgulho, sigo a ética de sempre, dando uma contrapartida à nação, com serviço de excelência ao cidadão, e sobretudo, com amor à profissão.
ResponderExcluir1a Turma GPE.
Ainda estou na ativa e, com muito orgulho, sigo a ética de sempre, dando uma contrapartida à nação, com serviço de excelência ao cidadão, e sobretudo, com amor à profissão.
ResponderExcluirPRF SCHAIBLICH
1a Turma GPE.